Sexta-feira, 20 de Março de 2009

Planeta Água


Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...

Águas escuras dos rios
Que levam
A fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...

Águas que caem das pedras
No véu das cascatas
Ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas
No leito dos lagos
No leito dos lagos...

Água dos igarapés
Onde Iara, a mãe d'água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão...

Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris
Sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes, são lágrimas
Na inundação...

Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...

Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água...(2x)

Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...

Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...

Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...

Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água.







publicado por Claudia Leal às 08:35
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Segunda-feira, 16 de Março de 2009

Para as minhas filhas, Danielle e Fernanda


"Vive dentro de mim uma cabocla velha de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho, olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum.
Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...
Vive dentro de mim a lavadeira do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa, pedra de anil.
Sua coroa verde de são-caetano.
Vive dentro de mim a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda, desabusada,
sem preconceitos, de casca-grossa, de chinelinha, e filharada.
Vive dentro de mim a mulher roceira.
– Enxerto da terra, meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos.
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim a mulher da vida.
Minha irmãzinha... tão desprezada, tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.
Todas as vidas dentro de mim: Na minha vida – a vida mera das obscuras."

(Cora Coralina)
publicado por Claudia Leal às 10:45
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Só de Passagem


"Cada um que passa em nossa vida, passa só, pois cada pessoa é única, e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa só.
Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova de que duas almas não se encontram por acaso... "


(Acaso - Antoine de Saint Exupèry)
publicado por Claudia Leal às 10:37
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Quinta-feira, 5 de Março de 2009

De coração pra coração



Vem mais pra cá, chega pra mim
Quero sentir esse som de amor
E ficar assim
Na sintonia da emoção
De coração pra coração.

Eu sou assim, um sonhador
Que encontrou nessa vida
O caminho do seu amor
Deixa o seu beijo me mostrar
O que você não diz, vem cá.

Por essa madrugada afora
Seu beijo no amanhecer
Nós somos só nós dois agora
E tanta coisa pra dizer.

E tudo isso faz sentido
Você me faz compreender
Que tudo é muito mais bonito
O tempo todo com você.

Você e eu e nada mais
E os nossos beijos tem sempre o sabor
De te quero mais
Então não deixe pra depois
Tudo é bonito entre nós dois.

Somos assim, sonhos iguais
A vida cheia de coisas tão lindas
Que a gente faz
Na sintonia da emoção
De coração pra coração.


(Roberto Carlos)
publicado por Claudia Leal às 08:11
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Minha Rua



O cheiro da minha rua ao meio dia
É irresistivelmente feijão no fogo
A confusão da minha rua à tardinha
É incansavelmente, menino, bola, bicicleta
O silêncio da minha rua no cair da noite
É sussurradamente o dia amanhecendo.

(Talita do Monte)
publicado por Claudia Leal às 07:16
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